As síndromes mielodisplásicas (SMD) ou mielodisplasias são doenças com origem na célula mãe da medula óssea (fábrica do sangue que existe no tutano de alguns ossos) e vai levar á formação anormal dos três tipos de células do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) que, por terem defeitos morfológicos e de função se acumulam na medula óssea e chegam em número diminuído ao sangue periférico (é a chamada eritropoiese ineficaz); no hemograma pode haver diminuição dos três tipos de células sanguíneas ou apenas de um tipo; a incapacidade da medula óssea para produzir as células é um processo gradual.

A incidência de SMD está a aumentar muito no mundo ocidental em parte pelo melhor conhecimento deste grupo complexo de doenças nas últimas duas décadas, que se traduz num aumento significativo do diagnóstico. A idade média das pessoas ao diagnóstico é de 70 anos, mas pode surgir no adulto jovem e é rara na criança.

Existem dois grandes grupos de SMD – os de baixio risco, mais frequentes e com evolução indolente durante vários anos e os de alto risco, com progressão mais ou menos rápida para a leucemia aguda.

A grande maioria daqueles que têm SMD ou mielodisplasia ultrapassa a fase aguda da doença e consegue que a situação evolua para a cronicidade, atingindo assim um patamar de “normalidade” na sua vida pessoal, profissional e familiar.

É assim importante o diagnóstico precoce, pois permite identificar entidades com tratamentos específicos e assim melhorar a qualidade de vida destes doentes e evitar ou atrasar a evolução/progressão da doença.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *